"Os raciocínios dos representantes do Pentágono quanto à retirada de tropas russas da Síria revelam vontades mal disfarçadas, para que não estivéssemos lá, bem como provam que os EUA não conhecem a situação real", assinalou Konashenkov.
Anteriormente, o representante oficial do Pentágono, Adrian Rankin-Galloway, afirmou que não houve reduções significativas nas tropas de combate depois das declarações sobre a retirada planejada da Rússia na Síria.
"Caso os canais de televisão norte-americanos não transmitem os voos vindos da Síria da aviação russa, não mostrem os médicos militares, sapadores e policias militares, bem como o regresso do material bélico aos portos russos, então isto se trata de problemas do Pentágono", respondeu Konashenkov.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista Vladimir Fitin, opinou que o reconhecimento da vitória sobre o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) não traria muitas vantagens para o Pentágono.
"Anteriormente, o Departamento de Defesa dos EUA afirmou que os militares norte-americanos deviam permanecer na Síria até a vitória definitiva sobre o Daesh. Isto significa, eternamente, já que é sempre possível encontrar ao menos um terrorista [no país árabe] após um conflito tão longo. Reconhecer que a Rússia está retirando suas tropas consiste em demonstrar que na verdade, a principal parte do combate ao Daesh acabou e seus agrupamentos mais significativos foram derrotados. Assim, os norte-americanos não teriam mais necessidades para continuar mantendo sua presença militar neste país. Por isso, a reação do Pentágono é bastante evidente, uma vez que eles precisam provar que tudo ainda está em curso, e a Rússia finge que realmente está retirando suas tropas", ressaltou Vladimir Fitin.