Mas a Rússia ganhou muito com as suas operações na Síria – ao mostrar as suas capacidades militares, as encomendas do seu material bélico aumentaram. O país beneficiou de maiores ingressos devido ao crescimento dos preços no mercado de matérias-primas. Mas o dinheiro não é o objetivo principal.
Agora, a maioria dos países do Oriente Médio quer ter boas relações com a Rússia, comprando armas e oferecendo projetos vantajosos.
A Índia e o Paquistão, que têm relações complicadas, passaram a integrar a Organização de Cooperação de Xangai, encabeçada pela Rússia.
A razão principal de todas estas mudanças é simples: nas últimas décadas, as intervenções dos EUA nos países sem organização interna, o apoio aos terroristas, a propagação da jurisdição norte-americana por todo o mundo mostram que os EUA não só querem controlar todo o planeta, mas querem obter lucros com os seus investimentos, acrescenta Vasserman.
Os EUA, por sua vez, afirmam que o papel principal na luta com terroristas no Síria e Iraque foi desempenhado pela coalizão encabeçada por eles e, ao mesmo tempo, advertem que a guerra não acabou e que, por isso, as tropas norte-americanas permanecerão na Síria.
Mas, de acordo com o autor, agora os EUA apenas estão mudando os nomes. Assim, os terroristas do Daesh passaram a ser "oposição moderada". Ele acredita que a luta contra os terroristas continuará enquanto a ocupação dos EUA se mantiver.