Friedman, um judeu ortodoxo sem formação diplomática e ex-advogado de Trump, tornou-se o principal assessor do presidente durante sua campanha presidencial. Quando escolhido para o posto, ele foi considerado um candidato controverso devido a declarações inflamadas sobre temas sensíveis relativos ao conflito com a Palestina. Em setembro, Friedman classificou o controle de Israel sobre os territórios palestinos de "suposta ocupação", acrescentando que Tel-Aviv ocupou apenas 2% da Cisjordânia e que os assentamentos ilegais eram parte do estado judeu.
Mais cedo, o jornal Haaretz informou que o gabinete de Israel aprovou um financiamento de cerca de 40 milhões de shekel (R$ 36 milhões) para os assentamentos na Cisjordânia. A agência de notícias palestina Ma'an já tinha denunciado nessa terça (26) a construção de 15 novas unidades residenciais e estradas novas na região, enquanto outras terras agrícolas estavam sendo invadidas para preparar um canteiro de obras.
A delicada situação de Jerusalém
Israel conquistou Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. A comunidade internacional não reconhece a anexação da parte oriental da cidade, um local sagrado para três religiões, e acredita que seu status deve ser determinado com base em um acordo com os palestinos que tentam criar seu próprio Estado em territórios ocupados pelos israelenses.