"Contudo, por enquanto é difícil prever como o aparelho espacial vai funcionar e se a sua operacionalidade pode ou não ser recuperada completamente […] É preciso aguardar até haver conclusões sobre os motivos do incidente", explicou a fonte.
Em 26 de outubro, às 22h00 no horário de Moscou (17h00 do mesmo dia em Brasília), o primeiro satélite angolano, AngoSat-1, foi lançado do cosmódromo de Baikonur e colocado em órbita pelo foguete Zenit. Depois de oito minutos de voo, o foguete se separou do bloco acelerador Fregat, que posicionou o satélite na órbita terrestre como o planejado, às 06h55 no horário de Moscou (01h55 em Brasília) de 27 de dezembro.
O diretor do Instituto de Política Espacial, Ivan Moiseev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik opinou quanto à evolução posterior da situação em torno do satélite angolano.
"Restabelecer o contato não é frequente, mas acontece. Conhecemos apenas uma dezena de tais casos […] Durante lançamentos em diferentes condições, por exemplo, durante a passagem de condições normais à imponderabilidade, durante a separação, em todas as manobras, algum contato pode se desligar por algum tempo. É uma situação semelhante a batermos em um computador que tem problemas: por acaso este pode voltar a funcionar normalmente. Caso tudo dê certo, o satélite continuará funcionando. De acordo com o planejado, este deve operar por mais de 15 anos. Os motivos do incidente ainda estão sendo analisados", explicou Ivan Moiseev.