Eis o que publicou o portal NPR, citando fontes militares dos Estados Unidos. Bunkers e túneis abrangem toda a Coreia do Norte, cruzam a fronteira com o seu vizinho do sul e se estendem até quase a capital sul-coreana de Seul. Outros atravessam o país a centenas de metros de profundidade e são ideais para esconder tropas e artilharia, além de armas químicas, biológicas e nucleares.
"Há uns 5.000 túneis desses. […] Creio que [as manobras] são necessárias não somente para tropas dos Estados Unidos, mas também para as sul-coreanas", assinalou Dave Maxwell, coronel norte-americano aposentado que serviu na Coreia.
Os militares norte-americanos já há vários anos alertam sobre as dificuldades que podem surgir em caso de guerra contra a Coreia do Norte. O ex-secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, já se referiu aos norte-coreanos em 2001 sobre "construções de túneis de primeira categoria". As bombas e os mísseis que o Pentágono poderia lançar contra o país asiático seriam inúteis contra esses túneis. Os EUA e seu aliado sul-coreano sabem que qualquer ação militar contra Pyongyang implica uma guerra subterrânea sem trégua.
O exército norte-americano, que normalmente conta com algumas brigadas especializadas em guerra subterrânea, está agora treinando mais batalhões desse tipo. O número de soldados continua sendo informação secreta.
Ele acredita que o exército dos EUA deva estar preparado para qualquer opção militar, facilitando, assim, a tomada de decisão do presidente norte-americano.
No entanto, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul decidiram restaurar as negociações militares para reduzir as tensões na fronteira. A discussão do programa nuclear da Coreia do Norte e seu arsenal de armas, cujo único objetivo são os EUA, teria um impacto negativo nas relações intercoreanas, disse o funcionário de Pyongyang, enquanto terminavam as negociações com Seul.