'Sem luz no final do túnel': político revela pessimismo com relações entre EUA e Rússia

© REUTERS / Maksim ShemetovBandeiras da Rússia e dos EUA
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As informações nos Estados Unidos de que novas sanções contra a Rússia virão são, em primeiro lugar, destinadas a apaziguar os legisladores em Washington, afirmou o chefe da Câmara Alta da Rússia para Relações Internacionais, Konstantin Kosachev.

"Infelizmente, não há nada de novo neste relatório. A lei [sobre sanções russas] já foi adotada, o processo vem ganhando ímpeto e as relações conduzidas a um impasse sem sinais de luz no final do túnel", disse o parlamentar à Sputnik.

O Departamento do Tesouro dos EUA está atualmente terminando sua primeira lista oficial da elite de negócios supostamente próxima do governo do presidente russo Vladimir Putin, informou Bloomberg nesta sexta-feira.

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A publicação citou um porta-voz dizendo que a unidade de inteligência financeira e terrorista do Tesouro está trabalhando com o Departamento de Estado e o Escritório de Inteligência Nacional para completar o relatório, que será lançado antes de 29 de janeiro.

"Deverá ser divulgado em um futuro próximo", disse o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, em uma reunião da Casa Branca. "É algo sobre o qual estamos muito concentrados".

Pressa

A administração dos EUA está trabalhando dia e noite tentando terminar e enviar ao Congresso o chamado "relatório do Kremlin" — uma lista de altos funcionários russos e empresários supostamente próximos do governo, segundo mencionado pela RT.

Este tipo de passo é exigido pelo "Ato contra Adversários Americanos através de Sanções" que o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou em agosto do ano passado. Ele disse que o projeto "representa a vontade do povo americano de ver a Rússia tomar medidas para melhorar as relações com os Estados Unidos".

As sanções visavam uma série de entidades e indivíduos — inclusive o setor de energia da Rússia, bancos e fabricantes de armas — como aqueles que os EUA acusam de interferir na eleição presidencial de 2016.

De acordo com Kosachev, a próxima lista de sanções pretende empurrar Trump para mais ações, porque os opositores do presidente dos EUA estão usando qualquer pretexto para acusá-lo de não cumprir com o Ato de Sanções e, portanto, de "se entregar à Rússia, [que é] agressivo e representa uma ameaça para a segurança dos EUA".

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Os detalhes do relatório ainda não foram revelados, mas, de acordo com as fontes em Washington, a nova lista de sanções poderia envolver mais de 50 indivíduos (no pior dos casos, até 300 pessoas, incluindo os membros da família das pessoas que são alvos). Uma fonte no Departamento de Estado dos EUA disse que o documento seria preparado "a tempo".

Na quarta-feira, os membros do Congresso dos EUA lançaram um relatório de 200 páginas sobre os "ataques assimétricos" do Kremlin sobre a democracia e suas supostas consequências para os Estados Unidos. Os russos estão em toda parte e tudo o que fazem é uma ameaça existencial à democracia e ao estilo de vida americano, de acordo com o relatório publicado pelos democratas do Senado em nome de um dos falcões russos mais abertos.

O relatório, compilado por funcionários democratas do Comitê de Relações Exteriores do Senado, foi comissionado "pouco depois da eleição de 2016" pelo senador democrata Ben Cardin. Muitas de suas fontes são indivíduos e meios de comunicação com um viés anti-russo conhecido.

Intitulado "Ataque assimétrico de Putin sobre a democracia na Rússia e na Europa: implicações para a segurança nacional dos EUA", o relatório alegou que houve uma campanha de "20 anos" para minar a democracia liderada pessoalmente pelo presidente russo.

Rússia responderá

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na sexta-feira que Moscou responderia adequadamente a possíveis novas sanções dos EUA. Ele enfatizou que a reação russa será baseada no princípio da reciprocidade. As contramedidas refletirão o que "melhor atende nossos interesses", disse ele.

"Não há dúvida sobre isso e, claro, a decisão será tomada pelo presidente russo", acrescentou Peskov.

O porta-voz de Putin também observou que uma série de listas diferentes já foram publicadas anteriormente pela mídia, "mas todas se revelaram falsas", acrescentando que a melhor coisa a fazer é esperar que o documento seja apresentado pelo Estado dos EUA.

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