União Russa de Jornalistas critica negativa de credencial a repórter do canal RT França

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A União Russa dos Jornalistas considera a negativa de credencial contra um repórter do canal RT França como "outro passo hostil" contrário ao princípio da liberdade de expressão, declarou o assessor de imprensa do sindicato, Jan Radzevich à Sputnik.

No início do dia, um repórter da RT França foi impedido de entrar Palácio do Eliseu para participar do briefing do secretário de imprensa do presidente francês, Emmanuel Macron. No início de janeiro, o time do presidente francês não permitiu que uma equipe do canal participasse de uma cúpula em Roma com a participação de Macron.

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Radzevich afirmou que a prática de negação de entrada aos repórteres da RT França persiste, embora as autoridades francesas repetidamente enfatizem sua adesão aos princípios da liberdade de imprensa.

"Os organizadores do briefing [do secretário de imprensa] no Palácio do Eliseu, infelizmente, negaram a entrada a um funcionário da RT França, dando assim outro passo hostil, mesmo sem explicar os motivos de tal decisão. A União Russa de Jornalistas está profundamente preocupada com este movimento hostil, que contradiz diretamente a liberdade de expressão e os princípios de transparência informacional", disse Radzevich.

A presidente da comissão da Câmara Cívica Russa para o Desenvolvimento da Diplomacia Pública, a Cooperação Humanitária e a Preservação dos Valores Tradicionais, Elena Sutormina, disse que pretende pedir à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e às Nações Unidas para reagir publicamente à situação de opressão dos jornalistas RT na França.

"Em nome da comissão, enviaremos pedidos oficiais à OSCE e à ONU com um pedido para dar suas avaliações públicas da situação com o assédio de jornalistas russos na França. Esta não é a primeira vez que nossos correspondentes são impedidos de  participar dos eventos oficiais das principais autoridades do país", disse Sutormina à Sputnik.

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Ela observou que os governos dos países europeus estabelecem cada vez mais um filtro midiático de acordo com seus próprios pontos de vista.

"Considero que isso deve ser tomado como uma censura flagrante e exorto as principais instituições internacionais, bem como a comunidade jornalística profissional, a condenar tais ações pelas autoridades desses países", acrescentou Sutormina.

Tiro trocado…

Reagindo à postura de Macron, a Rússia pretende impor medidas de retaliação contra a mídia francesa se Paris continuar práticas discriminatórias contra os jornalistas de RT, disse o vice-presidente da Duma do Estado russo, Piotr Tolstoy.

"Nós nos opomos à violação dos direitos dos nossos jornalistas. Se essa prática em relação à RT persistir, a Rússia tomará medidas de retaliação contra a mídia francesa", disse Tolstoi.

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O canal começou a funcionar na França em dezembro. No entanto, 11 figuras públicas francesas convocaram o órgão de auditoria do Conselho Superior Audiovisual (CSA) para cassar a licença da RT France para operar no território do país. A alegação é que o conteúdo provoca "confusão e dissensões" entre os franceses.

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