O soldado de 24 anos, Oh Chung-sung, teria confessado aos investigadores que está envolvido em um caso de assassinato na Coreia do Norte. A notícia foi publicada pelo jornal conservador Dong-A Ilbo, alegando ter conversado com um funcionário de inteligência.
"Eu cometi um crime na Coreia do Norte, que causou uma morte", teria dito Oh, embora a natureza do crime não tenha sido esclarecida e nem se a morte foi acidental ou intencional.
Quando perguntado sobre a reportagem, o Ministério da Unificação da Coreia do Sul respondeu que o interrogatório de Oh ainda não havia concluído e, portanto, não faria comentários.
Anteriormente, a mídia sul-coreana já tinha reportado que Oh desertou porque estava envolvido em um acidente de veículo fatal. Ele teria escapado para o Sul pelo medo da punição.
A deserção dramática em novembro fez manchetes em todo o mundo enquanto ele foi filmado dirigindo pela Zona Desmilitarizada (DMZ), correndo o resto do caminho depois de bater seu veículo. Ele foi atingido várias vezes por disparos efetuados por soldados norte-coreanos.
Tropas sul-coreanas o transportaram para o Hospital da Universidade Privada de Ajou, onde ele passou por duas cirurgias e inúmeras transfusões de sangue. Ele foi diagnosticado com infecções parasitárias e hepatite B antes de ser transferido para um hospital militar sul-coreano em dezembro.
Como não há tratado de extradição entre as duas Coreias, é improvável que ele seja devolvido ao Norte, independentemente da natureza do crime que cometeu. No entanto, se tiver sido o autor de um ato violento, ele pode perder alguns dos benefícios concedidos a desertores.
Deserção raríssima
O Ministério da Unificação informou que 1.127 norte-coreanos fugiram para o sul no ano passado, o menor número desde 2001.