A política de Hoyt Brian Yee quanto aos Bálcãs, acredita o historiador Aleksandar Rakovic, era destruidora: em vez de fazer destes seus aliados, os EUA os estavam tornando em oponentes, com Yee seguindo uma posição de força.
Segundo o especialista, Yee não será nomeado embaixador em um dos países da região. Ele se tornou a segunda pessoa destituída que "participou do envolvimento de Montenegro na OTAN (antes o mesmo acontecera com o ex-assessor adjunto do secretário de Defesa norte-americano, Michael Carpenter).
"Hoyt Yee […] aproveitou o vazio e começou a promover uma política pró-Clinton, mas agora, devido às mudanças na estratégia externa, sua presença no Departamento de Estado acabou sendo indesejável", explicou, acrescentando que talvez por essa razão ele tenha pedido a demissão, mas ainda não está claro se ele saiu ou foi obrigado a sair.
Porém, lembra que o ex-assessor desfrutava do apoio do Congresso, cuja visão da política externa difere muito da de Trump. Pode-se esperar, então, que ele seja indicado embaixador, ou em Atenas ou em um país asiático.
"Yee se comportava nos Bálcãs do modo como as autoridades locais lhe permitiam: ele era recebido como vice-secretário de Estado dos EUA, embora sua posição na hierarquia da administração americana não fosse tão alta quanto ele desejasse", disse Kesic.
Realizando a política de Barack Obama e George Bush (ex-presidentes dos EUA), Yee seguia uma abordagem unilateral, enquanto Trump prometeu uma estratégia totalmente diferente.