Jungmann disse que um censo será conduzido para estabelecer quantos venezuelanos atravessaram a fronteira aberta para buscar comida, trabalho e abrigo em Boa Vista, capital de Roraima, onde o prefeito diz que 40 mil refugiados sobrecarregaram a saúde e outros serviços públicos da cidade.
"Este é um drama humanitário. Os venezuelanos estão sendo expulsos de seu país pela fome e a falta de empregos e remédios", disse Jungmann a jornalistas depois de ter visto funcionários locais. "Estamos aqui para trazer o governo federal e ajudar a fortalecer a fronteira".
O Exército brasileiro duplicará o contingente de soldados na fronteira para 200 soldados, disse o ministro.
Sua visita ao Estado de Roraima ocorreu quando a Colômbia reforçou os controles das fronteiras com a Venezuela e disse que ajudará centenas de milhares de venezuelanos a fugir da crise econômica.
O governo brasileiro disse que não vai fechar a fronteira e planeja mover os refugiados para outras cidades do interior do Brasil, onde podem encontrar trabalho e se estabelecer.
Jungmann visitou uma praça em Boa Vista, onde cerca de 300 venezuelanos dormiam ao ar livre.
Três refúgios funcionaram com o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados rapidamente preenchidos no ano passado, enquanto os venezuelanos continuam a chegar e não têm para onde dormir ou encontrar trabalho em um mercado de trabalho saturado.
"A situação piorou. Mais e mais estão chegando e não há onde abrigá-los para tirá-los das ruas", disse um porta-voz do governo de Roraima.