Na quinta (15) e nesta sexta-feira (16), centenas de estudantes saíram às ruas de Paris e várias outras cidades francesas para protestar contra a reforma educacional planejada pelo governo de Emmanuel Macron.
O parlamento francês votou na quinta-feira (15) a favor de um projeto de lei, modificando as regras do acesso à universidade e dando um passo em direção a uma seleção de estudantes com base em suas notas acadêmicas. Anteriormente, os protestos de estudantes ocorreram em 1º e 6 de fevereiro.
Moyano sublinhou que a necessidade de reformar o sistema educacional na França não foi abordada em décadas, mesmo tendo em conta o "estado preocupante" das universidades em termos de financiamento e o crescente número de pessoas querendo acessar o ensino superior.
"Então, nós sabíamos que as reformas eram necessárias para fornecer às universidades meios para aceitar novos estudantes em boas condições. Mas, em vez disso, implementamos esse processo de seleção, em que o diploma de bacharel já não é garantia de entrada no ensino superior", lembra a presidente da FCPE.
Além disso, de acordo com a líder da associação, a reforma ameaça o direito dos estudantes de escolher livremente uma faculdade e pode criar uma lacuna entre colégios de prestígio e escolas de ensino médio e instituições educacionais menos prominentes.
Atualmente, todos os graduados do ensino médio na França têm direito assegurado a uma vaga em universidade pública independentemente do histórico acadêmico.
De acordo com as novas medidas, que deverão ser implantadas a partir de 31 de março, as instituições de ensino superior poderão processar cada inscrição individualmente, levando em consideração certas habilidades e conhecimentos necessários para entrar na faculdade desejada.
Um dos principais objetivos da reforma é reduzir o número de desistentes e os alunos que falham nos exames universitários.