A empresa estadunidense Lockheed Martin patenteou a criação de um motor termonuclear compacto que poderá caber tanto em um navio quanto em um avião de combate, informa o RT.
A companhia assegura que conseguiu alcançar um avanço que tem sido almejado por construtores de todo o mundo ao longo de décadas, ou seja, tornar a energia termonuclear acessível.
Ao falar com o serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista do Centro de Jornalismo Militar e Político, Boris Rozhin, fez lembrar que o próprio conceito de criar um reator termonuclear compacto nasceu ainda entre as décadas de 60 e 70 do século passado.
"Naquela época, ou seja, nos anos da Guerra Fria, em meio ao desenvolvimento das armas termonucleares se pretendia resolver o problema da criação de usinas termonucleares civis, bem como de diferentes tipos de armamentos. Os problemas principais enfrentados na época eram as questões de emissão de calor, de segurança da tripulação, caso se tratasse de um veículo tripulado. Estes problemas não chegaram a ser resolvidos nem na URSS, nem nos EUA. Embora tenha havido certos avanços, eles ficaram ao nível de conceitos que foram deixados para as calendas gregas", contou o analista.
De acordo com Rozhin, hoje em dia os construtores pretendem voltar aos respectivos conceitos.
Para mais, Rozhin frisou que o êxito do projeto vai depender não dos políticos, mas dos construtores que trabalham na área.
"Também se deve tomar em consideração que nos EUA se trava uma luta permanente pelo aumento do orçamento militar. Já as empresas que se dedicam à fabricação de armas de alta tecnologia tentam ‘se colar' a ele através da publicidade dos seus produtos", resumiu.