Segundo o jornalista, a Turquia prefere comprar os sistemas russos de defesa antiaérea devido ao preço, à superioridade tecnológica, à produção rápida e à entrega sem condições prévias.
Primeiro, os EUA não querem que a Turquia sirva de "mau exemplo". A economia norte-americana recebe enormes receitas da venda de armas.
Tomando em conta que os EUA nem sempre podem encontrar clientes tão bons como a Arábia Saudita, eles querem conservar seus compradores tradicionais por todo o mundo e manter as receitas da venda de produtos de defesa, sublinhou o analista.
"Os EUA creem que se a Turquia recorrer ao mercado russo, isso pode ir além dos S-400", sublinhou.
"A diversificação dos canais de compra de produtos de defesa pela Turquia, bem como o fortalecimento da indústria de defesa nacional, tem um significado especial do ponto de vista de sua transformação em um país mais protegido perante as pressões políticas", comentou Cagri Ehran.
Em terceiro lugar, os EUA ainda se consideram "líderes do bloco", explicou o autor. "Creem que a aliança da OTAN, embora tenha perdido seu significado anterior, significa que nenhum de seus membros tomaria iniciativas sem antes consultar seu 'líder'".
Levando em conta a natureza pragmática da política externa dos EUA, é de esperar que a decisão da Turquia de comprar os S-400 assuste os EUA que continuarão criticando duramente esse passo para evitar, pelo menos, que outros países tomem medidas similares no futuro, concluiu Ehran.