Estes seriam os primeiros mísseis instalados nas Ilhas Spratly — um território revindicado por vários países asiáticos, incluindo o Vietnã e Taiwan.
Procurado, o Ministério da Defesa da China não se pronunciou.
O Departamento de Defesa dos EUA, que diz se opor à militarização da região, não quis comentar. "Não comentamos questões de inteligência", disse um porta-voz.
A China não falou sobre as possíveis novas instalações, mas diz que seus equipamentos militares nas Ilhas Spratly são puramente defensivos e que pode fazer o que quiser em seu próprio território.
Greg Poling, especialista em mar do sul da China no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, disse que a implantação de mísseis nos postos é importante porque são os primeiros a serem instalados nas Ilhas Spratly.
Ele acrescentou que tais desdobramentos são esperados já que a China construiu abrigos antimísseis nos arrecifes no ano passado e já implantou esses sistemas de mísseis em Woody Island, mais ao norte.
"Antes disso, se você fosse um dos outros pretendentes… você sabia que a China estava monitorando todos os seus movimentos. Agora você saberá que está operando dentro do alcance dos mísseis chineses. Essa é uma ameaça muito forte, embora implícita", afirmou.
A CNBC disse que os mísseis de cruzeiro antinavio YJ-12B permitirão que a China ataque embarcações dentro de 295 milhas náuticas. Segundo a emissora, os mísseis terra-ar de longo alcance HQ-9B podem ter como alvo aviões, drones e mísseis de cruzeiro a 160 milhas náuticas.
No mês passado, o almirante norte-americano Philip Davidson, nomeado para chefiar o Comando do Pacífico dos EUA, disse que as "bases operacionais avançadas" do mar do sul da China pareciam completas.
"A única coisa que falta são as forças implantadas", disse ele. Uma vez que estas forem adicionados, "a China será capaz de estender sua influência milhares de quilômetros ao sul e projetar o poder para dentro da Oceania".
"A China agora é capaz de controlar o mar da China meridional em todos os cenários, com exceção da guerra com os Estados Unidos", disse o militar estadunidense.