De acordo com a edição, na sequência do aumento da presença militar dos EUA na Grécia, existe a possibilidade de Washington poder estar utilizando instalações gregas para guardar armas nucleares, o que "levanta questões" sobre a visita do militar norte-americano.
As informações sobre a possível presença de armas nucleares norte-americanas na Grécia surgiram após a tentativa de golpe de Estado na Turquia em 2016.
"Quando o acesso à base turca de Incirlik foi bloqueado para os EUA, Washington começou a pensar em deslocar as armas nucleares guardadas na Turquia, há informações que isso foi feito", segundo a edição.
"Em meio aos acontecimentos no Mediterrâneo Oriental e tensões nas relações entre a Turquia e os EUA, Atenas está demonstrando com suas ações todo o apoio possível à OTAN para assegurar o apoio dos EUA", assinalou o analista, destacando que a visita do representante da OTAN a Araxos é um resultado deste processo.
Karakus frisou que o Mediterrâneo Oriental tem sido palco de luta entre os interesses dos EUA e da Rússia. Neste confronto, os EUA já não podem usar a Turquia.
"Enquanto isso, a Grécia vem se esforçando para obter o apoio dos EUA contra a Turquia no que se refere à questão de Chipre, tal como em relação às ilhas do mar Egeu", afirmou o militar, adicionando que os EUA, por sua vez, tentam tirar o máximo proveito da situação.
Além disso, no momento a Albânia está procurando aderir à UE e à OTAN, recordou Karakus. Nesta situação, os EUA estão tentando obter o controle sobre parte do seu espaço marítimo e aéreo.
"Depois de obterem acesso ao espaço aéreo, a zona econômica exclusiva também pode ser envolvida. Os EUA estão considerando Araxos através desta perspectiva."
O militar concluiu que, por um lado, a Grécia está procurando obter apoio norte-americano, por outro – está sendo forçada por Washington a dar passos que satisfaçam os interesses norte-americanos na região.