"Reconhecer a responsabilidade do país é um passo difícil, há vários meios de fazê-lo […] Possivelmente, o passo seguinte é transferência do processo a um tribunal ou organização internacional para tomar uma decisão", lê-se no documento.
O chanceler russo Sergei Lavrov declarou na sexta-feira (25) que a Rússia enviou à Holanda dados detalhados sobre o acidente do MH17 e respondeu a todas as perguntas da promotoria.
"Se os nossos parceiros decidiram neste caso, quando se trata de uma tragédia grave, da morte de centenas de pessoas, fazer especulações para atingir seus próprios objetivos políticos, bem, deixo isso na sua consciência", afirmou o chanceler russo.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik o especialista militar Igor Shatrov declarou que a Rússia deve participar da investigação da queda do Boeing malaio.
"Os investigadores russos não participam do trabalho do grupo de investigação internacional, por isso é evidente que a Rússia não pode reconhecer os resultados da investigação", explicou ele, chamando a investigação da comissão internacional de "exemplo de trabalho pouco consciencioso".
A Equipe de Investigação Conjunta (JIT, na sigla em inglês) apresentou nesta quinta-feira (24) os resultados preliminares da investigação da tragédia, segundo os quais o sistema que derrubou o Boeing da Malásia no leste da Ucrânia em 2014 pertencia às Forças Armadas da Rússia.
O presidente russo Vladimir Putin declarou que Moscou só reconhecerá os resultados da investigação da queda do avião malaio MH17 malaio se a Rússia participar plenamente do processo, e que hoje o país não tem acesso à investigação.