"É a Alemanha que deve abandonar o euro porque o superávit crescente de sua economia não é compatível com o regime de câmbio fixo que regula a zona do euro", disse o economista italiano anti-euro e atual ministro de Assuntos Europeus, Paolo Savona, citado pelo Daily Express. "Ou, pelo menos, deveria aceitar mudar para um sistema que comporta mudanças nas taxas", acrescentou.
"O superávit crescente da economia alemã mostra que a expansão monetária, sem uma política que ajude a convergência econômica entre os vários países, apenas alimenta um desequilíbrio que nos coloca em conflito com o resto do mundo", argumentou.
As declarações chegaram poucos dias depois de o presidente do país, Sérgio Mattarella, ter rejeitado o gabinete proposto devido à candidatura de Paolo Savona para o cargo de ministro da economia. Segundo o presidente, os pontos de vista de Savona sobre a política monetária da UE poderiam "ameaçar a adesão da Itália à zona do euro".
Mais cedo, autoridades alemãs expressaram esperanças de que um governo estável e pró-europeu seria formado na Itália. No entanto, a nova coalizão de governo do país — constituída pelo Movimento 5 Estrelas (M5S) e pela Liga de direita —, segue uma posição altamente crítica à UE e à zona euro em sua forma atual.