"As tarifas dos EUA contra a União Europeia deveriam ser consideradas sanções? Eu acho que não. As sanções são introduzidas para pressionar a liderança do país com o objetivo de instigar certas decisões. No caso da Europa e dos Estados Unidos, não houve ultimato político. Os Estados Unidos têm alguns problemas econômicos e usa [as tarifas] para resolvê-los às custas de outros", disse Schmidt, comentando a observação de Putin.
Schmidt observou que as novas tarifas se destinavam a apoiar a indústria dos EUA e que a medida contradizia os princípios do livre comércio. A Europa terá que decidir se concorda em "servir a prosperidade econômica dos EUA", acrescentou.
O comunicado refere-se à resolução dos EUA de impor uma tarifa de 25% sobre os produtos siderúrgicos importados e uma tarifa de 10% sobre os produtos de alumínio importados, anunciada no final de março.
O governo dos EUA concedeu isenções temporárias à União Europeia, Brasil, Canadá e México, mas todas elas expiraram em 1º de junho. Apesar das numerosas advertências dos aliados, o presidente Donald Trump decidiu remover as isenções, citando a suposta ameaça à segurança nacional representada pela importação de metais desses países.