O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou a iniciativa de se encontrar com seu homólogo norte-americano, Donald Trump, nesse verão na Áustria, comunica o jornal The Wall Street Journal, citando um alto responsável europeu.
Em uma conversa com a Sputnik, um representante do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca confirmou que as autoridades austríacas propuseram sediar o encontro entre os presidentes russo e norte-americano. Entretanto, a fonte observou que, apesar destas declarações, por enquanto Washington "não tem nada para anunciar a esse respeito".
Mais cedo, o assessor do presidente russo Yuri Ushakov comunicou que, em 20 de março, Trump e Putin tinham tido uma conversa telefônica, no decorrer da qual o líder norte-americano propôs organizar uma cimeira bilateral e referiu Washington como um possível local de encontro.
Ao falar com o serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Sergei Kozlov observou que uma reunião entre o líder russo e norte-americano seria, certamente, útil e proveitosa.
"Um encontro entre os presidentes russo e estadunidense, sem dúvida, desempenharia um papel positivo. Além de acordos concretos que podem ser alcançados nesse encontro, o importante seria o mero fato de ele ser realizado. Isso significaria que os presidentes russo e estadunidense estão dispostos a dar ao menos alguns passos em direção um ao outro", assegura.
Além disso, o especialista relembra que por muito tempo Trump "tem estado de mãos atadas" devido às acusações da alegada intervenção russa nas eleições norte-americanas.
"Um encontro entre os dois presidentes inclusive mostraria que Trump já pode agir sem olhar para o establishment de oposição e para as mídias", disse Kozlov.
"Agora, é cedo para fazer algumas previsões sobre o possível encontro entre os dois presidentes. Apesar de numerosas declarações do presidente dos EUA sobre sua disponibilidade de se reunir com o presidente da Rússia e, apesar da vontade do presidente russo de se encontrar com Donald Trump, o atual contexto em que de o líder dos EUA é obrigado a agir não é muito positivo.
Por isso, a vontade da Áustria de acolher um encontro dos dois maiores líderes mundiais ainda não quer dizer que ele se realize", concluiu.