O encontro entre os presidentes na Finlândia, porém, ainda causa desgaste doméstico para Trump. O secretário da Defesa, Jim Mattis, supostamente não compareceu à reunião do Gabinete desta semana e preferiu ficar fora dos holofotes durante a viagem de Trump para a Europa.
"Como impomos custos necessários e bem justificados à Rússia por seu comportamento maligno, ao mesmo tempo em que há uma necessidade imperiosa de evitar danos intencionais significativos a nossos interesses estratégicos nacionais de longo prazo?", citou um trecho da carta de Mattis.
A Reuters informou ainda, citando dois oficiais dos EUA falando sob condição de anonimato, que o secretário de Defesa estava pronto para manter negociações com seu colega russo, Sergei Shoigu — o Pentágono, no entanto, se recusou a comentar. Além disso, disse que não recebeu nenhum convite da Rússia para negociações, apesar das observações da semana passada feitas por Shoigu, sugerindo que havia repetidamente convidado o chefe do Pentágono a debater questões de Defesa.
A Rússia também expressou disposição para intensificar os contatos militares com os Estados Unidos.
"O Ministério da Defesa da Rússia está pronto para a implementação prática dos acordos na esfera de segurança internacional alcançados pelos presidentes da Rússia e dos EUA, Vladimir Putin e Donald Trump, na cúpula de segunda-feira em Helsinque", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.
Russian MoD says it's "ready to activate contacts with US colleagues via general staffs and other existing communication channels to discuss extending Strategic Arms Reduction Treaty, cooperation in Syria, other current issues of ensuring military security."
— Lucian Kim (@Lucian_Kim) 17 июля 2018 г.
Durante coletiva de imprensa conjunta em Helsinque, Putin destacou a “experiência muito útil de coordenação mútua” entre os militares russos e americanos na Síria. O presidente destacou que ambos os países “estabeleceram os canais operacionais de comunicação”, o que lhes permite evitar acidentes e colisões no país. O presidente russo enfatizou que é essencial "trabalhar em conjunto para interagir na agenda de desarmamento, na cooperação militar e técnica".
O documento também autoriza o chefe do Pentágono a "renunciar à limitação sob certas condições", enquanto o Congresso pode impor novas sanções que visam os contratados de empresas de defesa russas.