Em declarações dadas após oito dias de viagem pela Ásia, Carter expressou ainda preocupação com a expansão da influência da China e sua crescente força militar. O secretário guardou, porém, as palavras mais fortes para a Rússia.
As declarações foram as mais fortes já feitas por Carter sobre a Rússia. Ele ainda disse que os Estados Unidos não querem fazer da Rússia um inimigo, mas que o país vai defender seus interesses, seus aliados e a ordem internacional. "Não buscamos uma guerra fria, muito menos uma quente", declarou.
O pano de fundo das críticas feitas por Carter é que, depois de mais de duas décadas de relações dominantes entre grandes potências, os Estados Unidos têm visto a Rússia se reafirmar e a China expandir sua influência militar para além das proximidades de seu território.
O secretário de Estado deixou aberta, porém, a possibilidade de que a atuação da Rússia na Síria possa evoluir de forma a ser aceita pelos Estados Unidos. "É possível, vamos ver, a Rússia pode ter um papel construtivo na solução da guerra civil", declarou.
Enquanto a Rússia faz o que Carter caracterizou como declarações ameaçadoras sobre o potencial uso de armas nucleares, os Estados Unidos estão modernizando seu arsenal nuclear inteiro, não apenas os submarinos, aeronaves e mísseis, que são armados com armas nucleares de longo alcance, mas também as próprias armas.