Durante a reunião de hoje entre os ministros, no dia simbólico da retomada das sanções anti-iranianas de Trump, poderia ser alcançado um plano para uma cooperação ainda mais forte, cujo resultado será o fornecimento de petróleo iraniano para a Coreia do Norte.
Agora, em sua opinião, este petróleo barato também poderia atravessar a China para a Coreia do Norte, o que dará ao país uma oportunidade de enfraquecer o impacto das sanções econômicas.
"Numa situação em que os Estados Unidos continuam a pressionar simultaneamente o Irã e a Coreia do Norte para desnuclearizá-los, esses países irão apenas aumentar sua cooperação. No entanto, a Coreia do Norte e o Irã, em contraste com outros países, não revelam o seu potencial de cooperação através de canais abertos e oficiais, por isso, tudo se limitará a uma demonstração simbólica das relações de amizade", diz Ji-Hyang.
O especialista continua, dizendo que "a Coreia do Norte agora vai abster-se de gestos que falem de uma cooperação ativa, pois isso pode ter um impacto negativo sobre suas relações com os EUA".
Ao mesmo tempo, o especialista acredita que o Irã, possivelmente, não precise recorrer a tais transações secretas, porque os EUA serão os primeiros a iniciar o diálogo e, como resultado, o retorno ao embargo total será evitado.
De acordo com especialistas sul-coreanos, será difícil para Trump manter a pressão simultânea em duas frentes, por isso ele terá que desistir da norte-coreana em favor da do Oriente Médio, que é mais promissora.
Além disso, Teerã já demonstrou sua capacidade de negociar, enquanto Pyongyang terá que passar por todo o processo de aprovações e concessões. E se as negociações sobre um novo acordo nuclear entrarem em um impasse, a cooperação petroleira entre o Irã e Coreia do Norte provavelmente será usada pela administração republicana para fortalecer suas posições, tanto dentro dos Estados Unidos quanto nas negociações internacionais sobre a desnuclearização.