Como não são crianças, os adolescentes se enquadrariam na lei de migração dos EUA, não da de tolerância zero que determinava a separação familiar. O Itamaraty concentra esforços para mediar a situação e diz que os adolescentes estão em abrigos em Nova York, Illinois, Texas e Arizona.
"Adolescentes ainda não atingiram a maioridade civil e penal, o fundo da questão é o mesmo: o tratamento odioso, discriminatório no qual os Estados Unidos — que é um país essencialmente composto de imigrantes está tratando estes adolescentes do Brasil e de outros países", avalia.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ criticou o Itamaraty por não ter contratado um escritório de advocacia local, especializado em imigração para tratar deste assunto, Chalreo classificou a recusa de uma "falha terrível da diplomacia brasileira, dificultando o repatriamento". Mesmo assim, manifestou esperança que a pressão exercida por organizações internacionais surta efeito em breve, possibilitando o retorno dos adolescentes brasileiros.
"Muitas organizações, inclusive a que eu faço parte, a Associação Americana de Juristas têm pressionado o governo Trump a agir com rapidez com a liberação destes adolescentes. A Ordem dos Advogados do Brasil tem feito sugestões permanentes à diplomacia brasileira no sentido de abreviar o retorno destes adolescentes ao nosso país", declarou.