"Levando em consideração o fato de que a Coreia do Norte parece possuir e implantar centenas de mísseis Nodong capazes de alcançar quase todas as partes do Japão, assim como avanços no desenvolvimento e capacidade operacional de armas nucleares e mísseis através de repetidos testes nucleares e lançamentos de mísseis balísticos até o momento, não há mudança em nosso reconhecimento básico sobre a ameaça das armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte", enfatiza o documento.
"Para defender o Japão em todos os momentos, é necessário melhorar drasticamente as capacidades de defesa de mísseis balísticos. Portanto, o Conselho de Segurança Nacional e o Gabinete aprovaram em dezembro de 2017 a introdução de dois sistemas Aegis Ashore […] a introdução de Aegis Ashore reforçará a interceptação de nível superior de destróieres equipados com Aegis", destaca o documento.
Tóquio planeja implantar os sistemas de defesa antimísseis para proteger o país do possível lançamento de mísseis balísticos de Pyongyang.
Em julho, o diretor de inteligência nacional dos EUA, Daniel Coats, duvidou que a Coreia do Norte acabe com programa nuclear em de um ano. O Ministério da Defesa do Japão foi recentemente criticado depois de elevar os custos estimados para cada Aegis Ashore de US$ 720 milhões (R$ 2,9 bilhões) para US$ 1,2 bilhão (R$ 4,8 bilhões).
A mídia norte-americana informou no início de julho que Pyongyang estava ainda desenvolvendo programa nuclear e tentando enganar os EUA, mostrando-se empenhada na desnuclearização.
No início de agosto, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, afirmou que os EUA e a Coreia do Norte estão no meio do processo de conseguir a desnuclearização na península coreana.
Enquanto isso, a situação na península coreana melhorou significativamente nos últimos meses, com o líder norte-coreano Kim Jong-un tendo mantido várias rodadas de conversações com seu homólogo sul-coreano Moon Jae-in e uma cúpula com o presidente norte-americano Trump em Singapura.
Durante a cúpula de 12 de junho, Kim e Trump chegaram a um acordo que exigia que Pyongyang se desnuclearizasse em troca do congelamento dos exercícios militares entre os EUA e a Coreia do Sul e eventual alívio das sanções.