Atlântida perdida
A mítica ilha-Estado de Atlântida, habitada por descendentes de Posseidon, foi mencionada pela primeira vez nos Diálogos de Platão. Segundo a lenda, a ilha ficou debaixo d'água devido a um terremoto.
Do ponto de vista geológico, a ilha de Santorini, junto com ilhas próximas, forma uma caldeira — o cone de um vulcão que afundou devido a uma explosão. Segundo Koronovsky, este vulcão atingia um quilômetro de altura e entrou em erupção por várias vezes em épocas anteriores. Cerca de 1,5 mil anos a.C., o vulcão se ativou: choques subterrâneos, erupção de lava e de gás fizeram com que os habitantes da ilha a abandonassem.
Na nascente de magma, situada nas profundezas, entrou água. Assim, o magma começou a ferver e acabou literalmente empurrando a parte superior do vulcão, explica o cientista russo. O forte terremoto posterior gerou um tsunami que reduziu a nada a desenvolvida civilização da ilha de Creta, localizada a cem quilômetros de Santorini. Até hoje os cientistas encontram sinais desta catástrofe ao longo da costa mediterrânea.
Maldição do faraó
As pirâmides de Gizé, construídas há 4,5 mil anos, surpreendem os especialistas por seus tamanhos, proporções ideais e orientação exata.
Especialistas acreditam que os egípcios utilizaram pontos de orientação celestes, o Sol e as estrelas, para construir as pirâmides. Eles tinham um calendário simples, relógio solar e sabiam regras básicas de geometria. Podiam fazer um círculo com uso de vara ligada a uma corda, determinar o nível por meio de correntes de água, conheciam o equinócio, quando o Sol nasce no oriente e põe-se no ocidente e ao meio-dia aponta para o sul.
Quanto à maldição do faraó, os cientistas afirmam que ela não existe, sendo apenas uma invenção de jornalistas que deste modo queriam se vingar de Lord Carnarvon, que financiou a expedição que descobriu a tumba de Tutancâmon em 1922 no Vale dos Reis. Carnarvon vendeu o direito exclusivo de cobrir a expedição ao jornal Times, indignando as outras mídias.
A morte do Lord meio ano depois da descoberta causou os rumores sobre a maldição. Na verdade, ele cortou com uma navalha a picada de um mosquito e morreu de sepse no Cairo.
Triângulo das Bermudas
Em 5 de dezembro de 1945, cinco bombardeiros da Marinha americana (o chamado Voo 19) desapareceram ao realizarem um voo de treinamento perto da península da Flórida. Um dos dois hidroaviões enviados para procurá-los também acabou desaparecendo.
Em 1965, o jornalista Vincent Gaddis chamou a zona, que originou várias teorias de conspiração, de Triângulo das Bermudas.
Porém, o escritor e ex-piloto Larry Kusche estudou minuciosamente todos os casos de desaparecimento de aviões e navios na zona, apresentando os resultados no seu livro "The Bermuda Triangle Mystery — Solved" (em português, "O Mistério do Triângulo das Bermudas — Solucionado").
Segundo ele, a maioria dos incidentes aconteceram a milhares de quilômetros do Triângulo das Bermudas e todos têm uma explicação racional, sendo o mistério apenas um mal-entendido. A tripulação do Voo 19 se perdeu, teve problemas com a bússola e com a comunicação via rádio. Ao anoitecer, os pilotos tiveram que pousar na água. Mas naquela noite começou uma forte tormenta, quanto ao avião de buscas, ele deve ter explodido no ar.
Mas nem todos apoiam a hipótese, pois há cientistas que acham impossível tais emissões ocorrerem com tanta frequência no mesmo lugar.
Finalmente, o serviço oceanográfico dos EUA emitiu uma explicação oficial sobre o caso do Triângulo as Bermudas. A zona se encontra na corrente do Golfo, potente, rápida e quente. No mar dos Sargaços, precisamente perto da costa leste dos Estados Unidos, a corrente acelera até 10 km/h por fazer uma curva, originando zonas de turbulência e furacões, enquanto as numerosas ilhas originam bancos de areia. Por isso, com o desenvolvimento da navegação via satélite e previsões do tempo precisas não houve mais incidentes misteriosos na região.