Na zona em questão ainda se encontram diversos grupos rebeldes bastante heterogêneos. A força principal é representada pela Frente al-Nusra, organização terrorista associada à Al-Qaeda (ambas proibidas na Rússia).
Por que Turquia está contra a operação militar em Idlib?
Atualmente na província síria de Idlib vivem mais de três milhões de pessoas, e uma ofensiva de grande escala pode causar uma onda de refugiados em direção à Turquia, que já alberga milhões de refugiados sírios, conforme explica a agência chinesa Xinhua.
A Turquia já não pode receber mais sírios devido à crise monetária que o país vive e à pressão tanto interna como ocidental que está sofrendo. Além disso, logo que a ofensiva seja desencadeada, os militares turcos serão obrigados a abandonar seus postos de observação ou a entrar em confrontação com o exército sírio.
Os EUA não têm vontade de se retirar da Síria
Do mesmo modo, após a libertação do Idlib, os militares sírios deverão mandar retirar as forças estrangeiras que estão no território sírio sem a autorização do governo. Atualmente, os militares estadunidenses ajudam as Forças Democráticas da Síria a eliminar as últimas posições dos terroristas em Deir ez-Zor, uma província rica em petróleo. A abundância de recursos na zona também é algo que interessa aos EUA.
Washington realizou manobras militares na Síria para mostrar às autoridades sírias que os EUA permanecem no país e não planejam abandoná-lo.
Os militares sírios e russos, por sua vez, abriram corredores humanitários para que a população da província possa abandonar a zona.