Durante o depoimento de Mnuchin perante o Comitê Bancário do Senado em 30 de janeiro, congressistas o interrogaram sobre a relutância do Tesouro em impor sanções à Rússia. Encurralado, o secretário afirmou que os EUA sancionariam todos da "lista do Kremlin" — contendo 200 nomes de empresários supostamente ligados ao presidente Vladimir Putin. Porém, de acordo com o jornal The Daily Beast, Deripaska não deveria ter sido sancionado e o anúncio foi recebido com surpresa por quatro fontes do Congresso diretamente envolvidas na elaboração das sanções.
As quatro fontes disseram ao The Daily Beast que o Departamento do Tesouro não seguiu o protocolo normal durante a elaboração das sanções e não houve coordenação entre outros Departamentos, como normalmente se faz para determinar o impacto que as medidas poderiam ter.
O veículo também observou que a decisão agitou os mercados globais e elevou os preços do alumínio, prejudicando os parceiros comerciais dos EUA na Europa.
Mnuchin agora está considerando suspender as sanções já que as novas limitações impostas pelos EUA contra a Rússia poderiam prejudicar as relações comerciais bilaterais com outros países.
O senador Chris Murphy, disse à imprensa que o deslize de Mnuchin ilustra o que ele considera uma "guerra civil" no governo Trump quanto à política da Rússia, na qual funcionários do governo pressionam por mais sanções enquanto o presidente Donald Trump retrocede.
Em abril, o Tesouro anunciou novas sanções contra Deripaska e seu grupo En + e a empresa de alumínio Rusal. Ele deixou o conselho de diretores de ambas as empresas depois de ver o valor das ações despencarem internacionalmente.