Os pesquisadores do Deutsche Bank usaram a metodologia de taxa de câmbio de equilíbrio comportamental, ou BEER (na sigla em inglês).
Essa metodologia foi elaborada em 1999 pelos economistas Peter Clark e Ronald MacDonald e permite ver a discrepância entre a taxa de câmbio real e os indicadores macroeconômicos de um país, como a inflação ou a produtividade.
Para avaliar a taxa de câmbio de uma moeda em relação à cesta de moedas, os pares de divisas são comparados entre si em função de seu peso no comércio externo. Ao fazê-lo, os economistas concluíram que a taxa de câmbio atual do rublo é 15% menor que sua taxa de câmbio real.
No total, os pesquisadores do Deutsche Bank avaliaram 31 moedas. Segundo seus cálculos, 10 moedas estão sobrevalorizadas e 21 estão subestimadas. Além do rublo, a lira turca, com 46,2% menos que seu valor real, e o peso colombiano, com 22,2%, estão na lista das três moedas mais subestimadas. Quanto ao real, a moeda brasileira também se encontra entre as subestimadas, ocupando o nono lugar na lista.
A coroa tcheca, o won sul-coreano, o baht tailandês, o dólar norte-americano e o franco suíço estão entre as cinco moedas mais sobrevalorizadas. Por exemplo, o dólar está sobrevalorizado em 7% do seu valor real.