Erdogan e rei saudita concordam quanto à 'importância de cooperação no caso Khashoggi'

© AFP 2023 / OZAN KOSE Um oficial saudita abre a porta do consulado da Arábia Saudita em Istambul durante uma manifestação pelo jornalista desaparecido Jamal Khashoggi.
Um oficial saudita abre a porta do consulado da Arábia Saudita em Istambul durante uma manifestação pelo jornalista desaparecido Jamal Khashoggi. - Sputnik Brasil
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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o rei da Arábia Saudita, Salman, falaram sobre a importância de trabalhar juntos durante uma ligação telefônica sobre a investigação do desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi, visto pela última vez no consulado saudita na Turquia.

Durante a ligação, os dois líderes discutiram as informações que obtiveram ao longo da investigação, disseram fontes governamentais à agência de notícias Anadolu.

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Antes da chamada, Erdogan disse aos repórteres turcos que o caso Khashoggi não pode ser deixado para trás e que ele explicaria ao rei saudita como o Cônsul Geral da Arábia Saudita foi descuidado ao permitir que isso ocorresse. O rei supostamente concordou com a acusação.

Procuradores turcos, policiais e agências de inteligência estão compilando o relatório de Ancara sobre o assunto.

Não está claro o que aconteceu com Khashoggi, mas autoridades turcas especulam que ele foi morto após uma brutal sessão de tortura. Ele teria então sido desmembrado e retirado das instalações do consulado. A própria forma como tanto a Turquia quanto os próprios sauditas estão conduzindo as investigações caminham nesta direção, já que nenhuma operação de busca por desaparecido foi iniciada.

Donald Trump, que até então vinha defendendo severas punições à Arábia Saudita em caso de assassinato do jornalista, tem adotado tom mais conciliatório. No início da semana, após uma chamada telefônica com o rei saudita, o presidente dos EUA ponderou que "assassinos desonestos" poderiam ter sido os verdadeiros culpados pelo destino ainda desconhecido de Khashoggi.

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O presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez declarou que investigações precisam ser concluídas antes de quaisquer alterações nas  relações com a Arábia Saudita.

"Até onde eu sei, o jornalista desaparecido morava nos Estados Unidos. Ele não morava na Rússia, mas nos EUA. Nesse sentido, é claro, os EUA têm alguma responsabilidade pelo que aconteceu com ele", disse Putin. "Temos que esperar pelos resultados da investigação. Como podemos — a Rússia — começar a azedar as relações com a Arábia Saudita sem saber o que realmente aconteceu? Se alguém entende e acredita que um assassinato ocorreu, espero que algumas evidências sejam fornecidas. Com base nisso, tomaremos as decisões apropriadas", afirmou o presidente russo.

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