O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, defendeu o orçamento de grandes gastos do país, contrariando as regras fiscais da UE. Conte manteve o plano para 2019, segundo o qual o déficit não excederá 2,4% do produto interno bruto (PIB) da Itália, projetado para estimular o crescimento econômico.
"Leia meus lábios: para a Itália não há chance de um Italexit [referência ao Brexit britânico] sair da Europa ou da zona do euro", disse ele a jornalistas.
O orçamento reduz impostos e aumenta os gastos sociais, de acordo com as promessas de campanha dos dois partidos que formaram o governo este ano, o movimento "Cinco Estrelas" e o partido de direita anti-imigração Lega. Conte insiste que o crescimento "decolaria" como resultado dessas reformas.
No entanto, o orçamento proposto entra em conflito com o acordo entre a União Europeia e o governo anterior da Itália, já que o déficit é três vezes o limite acordado e quebra as regras fiscais da UE.
De acordo com o The Wall Street Journal,a reclamaç início de um procedimento formal que poderia terminar com a Itália sendo punida pelo bloco. A UE poderia eventualmente rejeitar o plano orçamentário e impor multas ao país.