Os cartéis de drogas e vários tipos de grupos paramilitares ilegais são os principais causadores do problema.
O sistema de produção petrolífera ilegal é praticamente igual à estrutura da indústria oficial, tendo as mesmas etapas de produção, transporte, processamento e venda.
A produção legal é liderada pela Arábia Saudita, Estados Unidos e Rússia, enquanto as indústrias informais têm maior expressão no México, Nigéria e Iraque.
A extração ilegal é o processo que mais difere do oficial, onde a extração é feita diretamente em jazidas petrolíferas, enquanto o México, por exemplo, "extrai" o combustível de oleodutos.
O contrabando através dessa "extração", ou seja, de desvio, permite em apenas dez minutos um lucro de US$ 100 mil (R$ 373 mil).
No total, aproximadamente 23.500 barris, estimados em mais de meio milhão de dólares, são vazados diariamente através de válvulas de drenagem instaladas ilegalmente nos oleodutos mexicanos.
No México, também são muito comuns ataques a caminhões de combustível, sendo mensalmente registrados cerca de doze roubos deste tipo no país.
A posição dominante no setor mexicano de petróleo ilegal é ocupada pelo cartel de drogas Los Zetas, organizado no final dos anos 90 por ex-militares das Forças Especiais do México. Este cartel controla cerca de 40% do mercado ilegal de combustíveis do país, faturando mais de US$ 400 milhões (R$ 1,4 trilhão) por ano.
El Mencho busca expandir o negócio ilegal aumentando o contrabando do ouro negro, principalmente na estratégica cidade mexicana de Tijuana, na fronteira com os EUA, onde se iniciou uma guerra entre cartéis pelo controle de seu mercado. Os americanos acreditam que a prisão de Cervantes poderia acabar ou reduzir o número de vítimas.
Enquanto isso, na África…
Como os separatistas estão ativos nas áreas de produção de petróleo da Nigéria, toda a infraestrutura da indústria — das plataformas de perfuração a oleodutos e tanques de petróleo — é regularmente atacada por grupos armados.
Além disso, os contrabandistas nigerianos se envolvem deliberadamente na pirataria, atacando petroleiros no Golfo da Guiné, mantendo a tripulação presa enquanto descarregam o petróleo para embarcações mais pequenas que fazem chegar aos países vizinhos.
Já os curdos iraquianos, sem o conhecimento de Bagdá, extraem petróleo em suas terras usando métodos tradicionais e contrabandeando-o para a Turquia, ocupando dessa forma a terceira posição do mundo em termos de volume de operações ilegais com o ouro negro.