O DNA de todos os humanos da atualidade — exceto o dos africanos — contém uma pequena porcentagem do genoma neandertal. Trata-se de 2% a 6%, de acordo com o estudo. Os Neandertais se estenderam pela Europa e Ásia procriando com humanos modernos.
"Nós encontramos […] que um simples modelo de um simples cruzamento [entre ambas as espécies] não coincidia com os dados empíricos e que se concordava com cruzamento múltiplo de genes entre europeus e as populações do Leste Asiático. Houve uma interação entre humanos e Neandertais muito mais duradoura do que imaginado", explicam os cientistas.
Para resumir o padrão assimétrico das frequências alélicas dos Neandertais, foi compilado o espectro de frequências dos fragmentos neandertais da Europa e do Leste Asiático para comparação com a teoria analítica e os dados simulados sob vários modelos de mistura de genes.
Assim, acreditamos que uma explicação provável para os nossos resultados é que o fluxo genético entre humanos e Neandertais era intermitente e contínuo, mas em uma região geograficamente restrita.
Além do mais, o estudo confirma que os Neandertais e os humanos modernos não só faziam sexo uma vez e pronto entre si, mas também com o Denisovan, uma subespécie de humanos modernos cujo único resto mortal encontrado corresponde ao dedo de uma menina que vivia em uma caverna na Sibéria entre 50.000 e 30.000 anos atrás.