"Nós consideramos isso como um assassinato desprezível. Infelizmente, a Arábia Saudita não nos apoia. No início, houve uma mentira de que ele [Khashoggi] deixou o consulado. [No entanto] há evidências de que ele foi morto: há uma gravação de áudio de sete minutos, nós compartilhamos com o mundo", afirmou a jornalistas à margem da cúpula do G20.
"A Turquia entregou [a gravação] para os Estados Unidos, a Arábia Saudita, o Reino Unido — todos aqueles que queriam. Nós não podemos estar satisfeitos com as explicações que temos", acrescentou Erdogan.
Ancara insiste que Riad deve extraditar os responsáveis pelo assassinato, reiterou Erdogan.
"Mas este não é apenas o caso da Turquia, mas do mundo inteiro. Ainda não recebemos nenhuma informação do lado saudita sobre os cúmplices dos assassinos. Eles devem revelá-lo", sublinhou.
Khashoggi, colunista do jornal estadunidense The Washington Post era conhecido por suas críticas ao governo saudita. Ele desapareceu em 2 de outubro, depois de entrar no consulado saudita em Istambul. O reconhecimento da Arábia Saudita de que o jornalista tinha sido morto em uma luta no interior do consulado veio após duas semanas de negações e crescente pressão dos aliados ocidentais para fornecer explicações.
Em 26 de outubro, o promotor saudita reconheceu que o assassinato do jornalista foi premeditado. No entanto, Riad sustenta que o assassinato nada tinha a ver com a família real saudita, descrevendo a operação como clandestina.