Com a renovação das bancadas do Congresso Nacional, a expectativa é que o tema da regulamentação do setor de jogos volte às pautas da Câmara dos Deputados e do Senado.
"Ainda falando em valores, o potencial do mercado de jogos no Brasil corresponde a 1% do PIB, ou seja, R$ 59 bilhões de faturamento bruto. Legalizar seria um aliado para impedir as práticas de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e evasão de receitas, situação muito recorrente no mercado ilegal", afirmou o deputado.
Ao comentar as perspectivas para a regulamentação dos jogos no Brasil, Evandro Roman observou que as bancadas fundamentalistas são o maior entrave para o avanço da pauta.
"O principal desafio hoje é convencer o Congresso Nacional, principalmente algumas bancadas fundamentalistas que veem o jogo como uma situação satanizada. Só que o jogo vai existir de forma regular ou não regular", disse.
Segundo ele, "o que o governo tem que fazer é regularizar pra que isso traga dividendos para serem destinados à segurança publica, educação, esporte, saúde, cultura, turismo".
“Os jogos em Portugal são vistos como forma de estimular a cidadania e isso é o principal. Um cassino tem cultura, restaurantes e entretêm. São as leis que trazem isso, assim como além das leis, as empresas têm regras internas sérias como um cuidado adicional. Em Portugal a tecnologia também serve a favor da fiscalização e do uso do jogo como uma ferramenta saudável e não satanizada”, afirmou Magalhães durante o evento.
O deputado Evandro Roman corroborou com o exemplo de Portugal, afirmando que a arrecadação é a principal vantagem da regulamentação dos jogos.
"A principal vantagem é a arrecadação. Veja, Portugal, por exemplo, tem 13 cassinos e 10,5 milhões de habitantes com arrecadação imensa. Imagina o potencial do meu estado, o Paraná, com 11,5 milhões de habitantes com cidades polos com Curitiba, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Londrina, Foz do Iguaçu?", comparou Roman.
Além disso, ele citou a geração de empregos como outro efeito positivo da legalização dos jogos de azar.
"Hoje, o desemprego no Brasil alcança índices elevados. Temos 10% da população ativa sem ocupação e em busca de uma nova recolocação. Com a legalização dos jogos de azar, estima-se que seriam criados 400 mil novos postos de trabalho, fato que faria com que o país retomasse a atividade econômica. Somente como exemplo, nos EUA, para cada uma vaga de trabalho aberta pelo jogo, é criado 1,9 emprego indireto", completou.