Como grande consumidora de produtos energéticos, a China compra petróleo e gás natural liquefeito (GNL) e a Rússia é uma importante fornecedora desses produtos, de modo que uma união entre os dois países ajudará a estabelecer relações de energia segura, disse Denisov durante a conferência em Pequim.
O volume de comércio bilateral ultrapassou US $ 97 bilhões de janeiro a novembro, um aumento de 28% em um ano. A expectativa é que a cifra chegue aos US$ 100 bilhões. Desde 1º de janeiro deste ano, uma segunda linha do oleoduto China-Rússia começou a operar, com um volume total de 30 milhões de toneladas por ano.
A China e a Rússia estão sendo empurradas para uma parceria de energia por fatores econômicos, já que a Rússia é um gigante de recursos e os chineses aumentaram rapidamente o consumo de energia nos últimos anos. "Melhorar essa parceria com a China é uma estratégia de longo prazo para o governo russo", disse Li Li, diretora de pesquisa da empresa de pesquisa e consultoria ICIS China, de Xangai, ao jornal Global Times.
"Essa união foi impulsionada pelo mercado, já que empresas de energia russas e chinesas viram os negócios crescerem à medida que a oferta atendeu à demanda", disse.
No verão de 2018, o primeiro carregamento de GNL foi feito do porto russo de Sabetta, lar do projeto Yamal LNG no Ártico russo, para o porto chinês de Rudong, na província de Jiangsu, no leste da China.
Enquanto isso, a rota oriental para as exportações de gás da Rússia para a China será finalizada no próximo ano, e as entregas de gás natural começarão em 20 de dezembro de 2019. "Será a maior cooperação energética em termos de escala e entregará 38 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano", afirmou o embaixador.
A China e a Rússia têm negociado bilateralmente usando yuan e rublo, mas cerca de 15% do comércio estabelecido nas moedas estava em setores como agricultura e maquinaria, observou Denisov. "Esperamos que este mecanismo de pagamento possa ser estendido a outras indústrias, por exemplo, o setor de energia", disse ele.