A assembleia é palco para a transferência da presidência temporária do bloco para a Argentina, mas também inclui expectativas em torno da política do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.
Segundo o analista Miguel Ponce disse à Sputnik Mundo, o líder francês usa essa desculpa para não reconhecer que a questão dos agricultores da França é o problema central, sendo mais fácil colocar a culpa em Bolsonaro.
Para o analista, as declarações do futuro ministro da Economia e Planejamento do Brasil, Paulo Guedes, sobre o Mercosul não ser uma prioridade, pode acabar diminuindo a "qualidade da integração, isto é, passar de uma integração aduaneira para uma zona de livre comércio".
Além disso, Ponce acredita que a designação de Ernesto Araújo como chanceler afetará a integração regional devido à visão muito crítica dele em relação ao Mercosul, e por se identificar muito com as ideias de Trump.
Embora todos os membros do bloco regional tenham levantado a necessidade de tornar o acordo mais flexível, Ponce destaca que uma "flexibilização inteligente e administrada" seja diferente daquilo que, para ele, "seria entregar o atestado de óbito ao Mercosul".
Espera-se que o Mercosul e União Euroasiática assinem um memorando de cooperação entre os blocos, que poderia ser o princípio de um acordo de livre comércio.