O indicador leva em conta dados compilados no final de 2017, com base em informações fornecidas por 190 países desde 1950, sendo que os Governos de todo o mundo atingiram um endividamento de cerca de US$ 70 trilhões (R$ 272 trilhões), segundo escreve a colunista da Sputnik Natalia Dembinskaya.
A dívida externa da Rússia é uma das mais baixas do mundo, equivalendo a US$ 525 bilhões (R$ 2 trilhões), 18,7% do PIB, além de o país ter eliminado seu déficit orçamentário.
A organização financeira alertou em outubro que a dívida total dos países do mundo corre o risco de desencadear uma nova crise. Em 2008, a relação média entre a dívida global e o PIB era de 36%, e agora é mais de 50%.
"Na maioria dos países, as autoridades falharam em quase todas as reformas necessárias para proteger o sistema bancário — em primeiro lugar, das ações arriscadas e precipitadas dos financistas, que causaram uma poderosa reação em cadeia uma década atrás", observaram especialistas.
O montante de empréstimos do setor de sombra chinês atingiu quase US$ 7 trilhões (R$ 27 trilhões), podendo esta "bolha" vir a explodir e fazer desmoronar a economia do país, provocando uma nova crise asiática, semelhante ao colapso de 1997.
No entanto, juntamente com o aumento da dívida global, o valor dos ativos do Estado também está crescendo.
"Somente a renda de empresas estatais e não financeiras, assim como de ativos financeiros estatais, pode chegar a 3% do PIB anual, o que equivale à arrecadação anual de impostos corporativos nas economias desenvolvidas", disse o FMI.
"O país gasta mais do que recebe e é forçado a pedir dinheiro emprestado. O déficit estrutural cria um ‘efeito de dependência'. Acho que estamos nos movendo em direção ao abismo", disse o congressista republicano Andy Biggs, adicionando que as despesas orçamentárias não devem exceder US$ 700 bilhões (R$ 2,7 trilhões) e, em 2018, já atingiram US$ 1,3 trilhão (R$ 5 trilhões).
"Poderemos depreciar a moeda, declarar inadimplência ou tentar aumentar os impostos e matar nossa economia. Essas são as nossas perspectivas nos próximos oito a dez anos", complementou o congressista.
Para o bilionário americano Ray Dalio, a recessão na economia americana não pode ser evitada devido ao triplo déficit (orçamento, balança comercial e conta corrente). Isso acabará por afastar os compradores estrangeiros de títulos do Tesouro, causando um crescimento explosivo na sua rentabilidade e uma drástica queda de 30% na taxa de câmbio do dólar.