Síria
O que começou como protestos populares em 2011 se transformou no maior conflito no Oriente Médio da atualidade, envolvendo vários países.
Desde 2015, a pedido do líder do país, Bashar Assad, a Força Aeroespacial da Rússia ajuda as tropas governamentais na luta antiterrorista, enquanto os EUA, que passaram a liderar a coalizão internacional em 2014, no dia 19 de dezembro deste ano, anunciaram saída após o presidente norte-americano, Donald Trump, declarar vitória dos EUA na Síria contra o Daesh, mas prometendo manter a coalizão.
A quantidade de terroristas na região se mostra cada vez menor. Atualmente, o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países) controla menos de 5% do território sírio, principalmente ao sul de Deir ez-Zor. Enquanto isso, as forças da oposição síria controlam duas áreas que foram retomadas dos terroristas, uma na fronteira sudeste síria, e outra no nordeste, na província de Idlib.
De vez em quando Israel entra no palco do conflito, dizendo ser contra a presença iraniana na Síria, e usando essa justificativa para realizar ataques no país árabe, inclusive o último e mais intenso, efetuado em 25 de dezembro deste ano.
Palestina e Israel
Posteriormente, o governo da Guatemala fez o mesmo. Honduras no momento está negociando com Israel sobre a transferência de embaixada, enquanto a Austrália reconheceu Jerusalém Ocidental como a capital de Israel, mas ainda não transferiu a embaixada. O recém-eleito presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, também afirmou estar disposto a transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.
A iniciativa provocou uma onda de violência na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. No dia 30 de março de 2018, os palestinos iniciaram protestos em massa, chamada de Grande Marcha de Retorno. A data virou a mais sangrenta ao longo de toda a história do conflito entre Palestina e Israel.
Segundo várias estimativas, entre 30 de março e 15 de maio, auge da marcha, morreram ao menos 119 palestinos, enquanto 13,3 mil ficaram feridos.
Periodicamente, os lados trocam ataques com mísseis. Em novembro, as forças de Israel atacaram mais de 150 alvos do movimento Hamas na Faixa de Gaza, que em menos de dois dias lançaram quase 400 mísseis e minas ao sul de Israel, sendo o maior ataque nos últimos quatro anos.
Ucrânia
A Ucrânia lançou uma operação militar nas províncias orientais de Donetsk e Lugansk em 2014, que se autoproclamaram repúblicas populares em resposta ao golpe de Estado em Kiev.
Na segunda metade de 2018, a situação piorou principalmente devido ao assassinato do líder da República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, que caiu em uma armadilha explosiva em um restaurante na capital da região.
As autoridades da república qualificaram o acidente como atentado terrorista. Denis Pushilin, que posteriormente passou a ocupar o cargo do líder da república, acusou Kiev de ter organizado o assassinato de Zakharchenko.
Ao longo de quatro anos de conflito em Donbass, houve mais de 20 tentativas de cessar ações militares. Entretanto, nenhuma delas trouxe paz, contribuindo somente para uma redução temporária de tiros na linha de contato.
Iêmen
O conflito no Iêmen entre rebeldes houthis e o governo do país apoiado pela coalizão da Arábia Saudita, se agravou com o assassinato do ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh pelos rebeldes, seu antigo aliado, no final de 2017.
Logo após a morte de Saleh, os dois lados passaram a atacar um ao outro com maciços ataques aéreos, que tiraram a vida de centenas de iemenitas.
O cessar-fogo entre as forças governamentais e rebeldes foi firmado em 18 de dezembro, após a primeira trégua em 2,5 anos. Entretanto, os dois lados vêm denunciando a violação do mesmo por ambas as partes.
Afeganistão
Com a derrota na Síria e Iraque, os terroristas se mudam para países africanos, Paquistão, Índia e Afeganistão. No momento, no território afegão operam mais de 20 grupos terroristas. A situação se agrava mais pela presença do movimento radical Talibã que atualmente controla mais da metade do território afegão. Além disso, os combatentes vêm aperfeiçoando seus armamentos e táticas de luta.
A presença militar dos Estados Unidos no Afeganistão é percebida por muitos afegãos como uma ameaça aos interesses nacionais, contribuindo, de certa forma, para uma maior popularidade dos talibãs.
O governo afegão, bem como de outros países, tenta envolver o Talibã nas negociações para reintegrá-lo na sociedade afegã. Na última reunião em Abu Dhabi, patronizada pelos EUA, entre 17 e 19 de dezembro decorreram as conversações entre talibãs e os diplomatas dos EUA. Nas consultas participaram também delegações do Paquistão e Arábia Saudita. A delegação afegã se fez presente em Abu Dhabi, porém, os talibãs negaram o diálogo direto. As autoridades esperam que o diálogo com o Talibã "comece o mais rápido possível", segundo Ehsan Taheri, porta-voz do Conselho de Alta Paz do país.