Revolução em Cuba marcou desenvolvimento do movimento comunista na América Latina

© AP Photo / AP PhotoEntrada de Fidel Castro em Havana na caravana da vitória, 8 de janeiro de 1959
Entrada de Fidel Castro em Havana na caravana da vitória, 8 de janeiro de 1959 - Sputnik Brasil
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No aniversário dos 60 anos da Revolução Cubana, a Sputnik Mundo relatou as ações dos revolucionários nos últimos minutos de 1958, que resultaram no triunfo da revolução no primeiro dia do ano seguinte.

Com a vitória de Che Guevara em Santa Clara e a entrada de Fidel Castro na cidade de Santiago de Cuba, a vitória dos revolucionários era inevitável. Mas, no início da manhã de 1º de janeiro de 1959, a fuga de Fulgencio Batista não só não facilitou o caminho da revolução, como gerou também uma atmosfera de rejeição e confusão depois da nomeação do governo da junta militar.

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O triunfo da Revolução Cubana só iria acontecer cinco anos, cinco meses e cinco dias depois do assalto ao quartel de Moncada em 1953. Foi na sequência desse ataque que Cuba iniciou o processo de oposição à ditadura de Batista, que chegou ao poder em 10 de março de 1952.

Em sete anos, quase 20.000 cubanos morreram na luta contra o governo, que sempre teve o apoio dos EUA e de ditaduras na região, como o governo de Rafael Leonidas Trujillo da República Dominicana.

Informado das vitórias de Che Guevara e Fidel Castro, Batista fugiu de avião de Cuba, no início da manhã de 1º de janeiro de 1959, para a capital da República Dominicana, São Domingo.

A ilha passou a ser governada por uma junta militar sob o comando do general Eulogio Cantillo, mas rumores de um golpe militar em Havana chegaram aos revolucionários, que se recusaram a aceitar a situação.

Pedro Martínez, diretor-geral adjunto da Rádio Habana Cuba, disse à Sputnik Mundo como aquele dia influenciou o destino de Cuba.

"Antes da vitória da Revolução, foram realizadas muitas manobras para impedir a penetração das forças lideradas por Fidel Castro na cidade de Santiago de Cuba em 26 de julho", comentou Martínez. 

A Rádio Rebelde avisou o povo de Cuba: "Não confundam a opinião pública. Nossos líderes não fizeram nenhuma outra declaração, exceto aquela que emitimos nesta rádio. Não é verdade que nosso principal líder, Fidel Castro Ruz, e o presidente interino da República, reconhecido pela revolução, Manuel Urrutia Lleó, estejam a caminho de Havana."

Poucos minutos depois, Castro fez um discurso histórico em Santiago de Cuba, no qual leu um comunicado com instruções para todos os comandantes do exército rebelde e do povo. 

"Aparentemente houve um golpe militar na capital. As condições em que aconteceu não são conhecidas do exército rebelde", disse em seu discurso.

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Castro também pediu uma greve geral sob o lema "Revolução — sim; golpe militar — não!" e ordenou aos seus comandantes Che Guevara e Camilo Cienfuegos que continuassem a avançar em direção a Havana e assumissem posições-chave na capital.

Segundo Martínez, "este foi o último apelo para dar uma resposta decisiva às manobras militares destinadas a impedir que os revolucionários tomassem o poder". 

"Não havia dúvida de que a ditadura havia desmoronado, os militares se entregavam em massa", explicou, acrescentando que Fidel foi de Santiago para Havana, aonde chegou em 8 de janeiro de 1959, visitando as províncias que estavam em estado de greve. 

"A vitória dos revolucionários foi assim consumada", concluiu. 

A revolução trinfou em Cuba e se tornou a primeira na América Latina, abrindo caminho para novos processos sociais na região e o desenvolvimento do movimento comunista.

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