Um novo modelo cosmológico, que sugere a existência de um "Antiverso", algo como um "universo contrário ao nosso", foi criado por físicos canadenses do Instituto de Física Teórica de Ontário (Canadá), liderados por Neil Turok.
A teoria sugere que esse universo exista e que seja uma extensão do nosso, preservando uma regra fundamental da física chamada simetria CPT (carga, paridade e tempo).
O físico teórico russo Aleksei Starobinsky, pesquisador do Instituto de Física Teórica de Landau, debateu o assunto com o jornal russo Moskovsky Komsomolets.
Perguntado se seria possível alguma vez avistar o Antiverso, sob a hipotética existência de um mundo paralelo, o cientista afirmou que, através da versão proposta pelos autores do artigo, não.
"Seu Antiverso existe em outro mundo, em outro espaço, de modo que agora não pode haver interação direta com ele. Pode-se dizer que ele se afasta de nós a um ritmo mais rápido do que a luz. No entanto, os dois universos estão ligados como gêmeo e antigêmeo, por um nascimento comum no passado, há cerca de 14 bilhões de anos", diz o pesquisador russo.
Quanto à localização aproximada do Antiverso, o pesquisador afirma ser impossível determiná-la, pois "seu espaço tridimensional não se cruza com o nosso".
Ao ser questionado se o tempo se move do futuro para o passado no universo paralelo, o físico explica que "no universo onde vivemos, o tempo fluiu da nossa maneira habitual", enquanto que no outro universo, "começou a se mover com a mesma velocidade do que no passado".
"Tudo isso é relativo ao nosso universo. Se olhássemos o tempo de dentro do Antiverso, ele fluiria como aqui; os eventos e estruturas se desenvolveriam do simples ao complexo", conclui.