Vários bilhões de anos atrás, na era do Hadeano, a Terra foi sujeita ao bombardeamento intenso de cometas e asteroides, o que levou ao surgimento das grandes áreas de rochas de basalto derretidas. O tamanho de tais áreas podia atingir dezenas de quilômetros de espessura e milhares de quilômetros de diâmetro.
Como exemplo pode servir a chapa de impacto Sudbury Igneous Complex no Canadá, formada há uns 1,85 bilhão de anos. Depois do impacto de um asteroide se criou uma chapa fundida de 5 km de espessura aquecida até 2.000°C. Hoje em dia o Sudbury Igneous Complex consiste em camadas de tais rochas como gabro, norito, diorito e granófiro, que são considerados como resultado da diferenciação de magma. Porém, até hoje essa hipótese ainda não foi comprovada.
Os cientistas descobriram no Sudbury Igneous Complex melanorites de diâmetros até 100 metros. As investigações mostraram que eles resultam de rochas inicialmente formadas das chapas fundidas em direção de cima para baixo, mas que posteriormente se destruíram devido aos processos tectónicos.
Além disso, há melanorites formados na direção oposta, o que fala de que inicialmente as rochas eram homogéneas, ou seja, teve lugar uma diferenciação de magma. Processos parecidos ocorreram também nas chapas mais antigas da Terra, Lua e de outros planetas.
Os investigadores afirmam que os resultados da pesquisa mostram que os impactos de asteroides tornaram a crosta terrestre mais rica em dióxido de silício, o que permite rever as teorias científicas tradicionais, de acordo com as quais as rochas com dióxido de silício podiam se formar apenas nas profundezas terrestres.