Em particular, o especialista comentou a saída dos EUA do Tratado INF e o possível desenvolvimento das relações entre a OTAN e a Rússia.
"No longo prazo, se as relações russo-americanas continuarem a declinar e se tornarem abertamente hostis, como no auge da Guerra Fria, os Estados Unidos poderão lançar programas destinados a responder à ameaça russa contra a Europa ou contra o território dos EUA", afirmou o especialista.
Quanto ao curto ou médio prazo, Ellerman não vê razão para Washington mudar sua linha na defesa antimíssil na Europa, que, segundo ele, não era e não é dirigida contra os mísseis estratégicos russos, incluindo o míssil 9M729, motivo pelo qual os Estados Unidos anunciaram sua retirada do Tratado INF.
Segundo Elleman, é improvável que os Estados Unidos coloquem mísseis na Europa na situação atual.
"Não acho que a OTAN queira aceitar esses mísseis. No entanto, se as relações entre os EUA, a OTAN e a Rússia continuarem se deteriorando, a intenção de não desenvolver e não implantar mísseis terrestres de curto alcance na Europa pode mudar drasticamente", disse o especialista.
Nas palavras dele, no caso de não renovação do Tratado INF, o controle de armas diminuirá.
Ao mesmo tempo, ele acredita que é difícil responder à questão se a saída dos EUA do Tratado INF poderia levar a uma corrida armamentista.
"Agora ainda não está claro. Muito depende da direção em que as relações EUA-Rússia se venham a desenvolver e das tecnologias que estiverem disponíveis", concluiu Elleman.