"Eu peço aos chefes de Estado e governos do mundo que levantem suas vozes […] para defender as demandas para parar a agressão do imperialismo dos EUA contra o povo da Venezuela", disse Maduro durante uma grande manifestação em Caracas.
Maduro também chamou todas as forças dentro da Venezuela para formar uma união nacional para unir o país e exigir conjuntamente que as autoridades dos EUA parem de atacar a economia do país.
A Venezuela sofre há muito tempo de uma crise econômica aguda exacerbada pelas sanções dos EUA contra o país. Em janeiro, o líder da oposição, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino da Venezuela após disputar a reeleição de Maduro em maio. Washington imediatamente endossou Guaidó e pediu a Maduro que renunciasse.
Maduro acusou os Estados Unidos de tentarem organizar um golpe para instalar Guaidó como um fantoche dos EUA. Rússia, China, Cuba, Bolívia, Turquia e vários outros países expressaram seu apoio a Maduro como o único presidente legítimo da Venezuela.
Maduro quer diálogo com México, Uruguai, Bolívia e Caribe
No mesmo ato em Caracas, Maduro pediu ao México, Uruguai, Bolívia e países caribenhos que contribuam para o diálogo nacional no país.
"Exorto o presidente do México, o presidente do Uruguai, o presidente da Bolívia e os primeiros-ministros de 14 países da Comunidade do Caribe a retomar a iniciativa no diálogo, que foi acordado em Montevidéu há dois meses", afirmou Maduro.
Maduro acrescentou que, com a participação do México, Uruguai, Bolívia e países do Caribe, a Venezuela poderia estabelecer um diálogo nacional com todos os setores políticos, culturais, econômicos e sociais.
Em fevereiro, os governos do México, Uruguai e a Comunidade do Caribe (CARICOM) propuseram o mecanismo de Montevidéu para resolver a crise, que prevê quatro fases: criar condições para um diálogo direto entre as partes conflitantes na Venezuela, processo de negociações, elaboração de um acordo e implementação do acordo.