Clinton critica Trump por ignorar relatório de Mueller em conversa com Putin

© AFP 2023 / JEFF KOWALSKY JEWEL SAMAD Candidata presidencial democrata Hillary Clinton em Tempe, Arizona, em 2 de novembro de 2016 e o candidato presidencial republicano dos EUA Donald Trump em Warren, Michigan em 31 de outubro de 2016
Candidata presidencial democrata Hillary Clinton em Tempe, Arizona, em 2 de novembro de 2016 e o candidato presidencial republicano dos EUA Donald Trump em Warren, Michigan em 31 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
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A primeira conversa telefônica entre Trump e Putin desde a publicação dos resultados da investigação sobre interferência russa atraiu muitas críticas entre opositores do presidente. Hillary Clinton, candidata derrotada por Trump 2016, juntou-se ao coro ao criticar a forma como o ex-adversário conduziu o diálogo com o mandatário russo.

Clinton notou que, de acordo com o relatório escrito por Mueller, Moscou supostamente realizou "uma interferência sistêmica nas eleições [dos EUA]" e achou inquietante que o presidente houvesse passado uma hora conversando com seu colega russo sem levantar a questão, informou a Fox News.

O ex-diretor do FBI Robert Mueller, o conselheiro especial sondando a interferência russa na eleição de 2016, deixa o Capitólio após uma reunião a portas fechadas em Washington. (Arquivo) - Sputnik Brasil
Mueller: 'Encontros entre equipe de Trump e Rússia são insuficientes para provar conluio'
Durante seu discurso, feito como parte de uma turnê de palestras com seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, ela também atacou o resumo produzi pelo procurador-geral, William Barr, do relatório o Mueller, acusando-o de agir como "advogado de defesa do presidente". Barr foi fortemente criticado na mídia americana por supostamente suavizar situações e não mencionar evidências contra o presidente após receber documento de Mueller.

A conversa telefônica entre os presidentes dos EUA e da Rússia atraiu muita atenção do público. Os dois discutiram uma série de tópicos, desde a situação na Venezuela até um novo acordo sobre armas nucleares que incluiria a Rússia, a China e os EUA. Eles também tocaram na questão do relatório de Mueller, mas Trump disse que ele advertiu Putin contra interferir nas próximas eleições dos EUA em 2020.

O relatório escrito pelo procurador-especial foi parcialmente publicado em abril de 2019, dissipando alegações de conluio entre a campanha de Trump e a Rússia. O texto, no entanto, afirmou que hackers russos teriam interferido na eleição de 2016. Moscou insiste que não se intrometeu na eleição dos EUA, negando as acusações.

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