Relâmpagos atingem região do Ártico: por que isso é um sinal preocupante?

© AFP 2023 / Fabrice Coffrini Homem e relâmpago ao fundo no lago de Genebra, na Suíça
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A presença deste fenômeno indica instabilidade atmosférica na região do Ártico.

No passado sábado (10) foram detectados múltiplos relâmpagos em um raio de 480 quilômetros do Polo Norte, informou o Serviço Meteorológico dos EUA, que inclusivamente emitiu uma notificação especial sobre o fenômeno invulgar. "Este é um dos relâmpagos que ocorreram mais ao norte na memória do serviço de prognósticos do Alaska", escreveu o Serviço Meteorológico.

Uma série de relâmpagos foram registrados na tarde de sábado (10 de agosto) a cerca de 480 quilômetros do Polo Norte. Os relâmpagos ocorreram perto de 85°N e 126°E.

A cada dia no nosso planeta ocorrem milhões de relâmpagos, no entanto este fenômeno acontece muito raramente nas regiões próximas ao Ártico. Uma das principais razões da ocorrência de relâmpagos é a instabilidade atmosférica, quando a atmosfera inferior é mais quente e úmida, enquanto a camada superior é mais fria e seca. Estas condições estimulam a convecção, que pode fazer surgir tempestades elétricas.

A maioria das tormentas elétricas ocorrem em latitudes mais baixas, onde a combinação de temperaturas mais altas e umidade provoca com facilidade a aparição deste fenômeno. Porém, devido as mudanças climáticas globais, as tempestades elétricas estão aparecendo em áreas incomuns.

Neste verão foram registrados os menores níveis de gelo marinho em grande parte do Ártico. O desaparecimento do gelo marinho na área tem tido como consequência o aumento das temperaturas da superfície do mar muito acima da média para esta época do ano, o que pode estar contribuindo para a presença de massas de ar anormalmente instáveis.

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