Além disso, Erdogan afirmou que as tropas de seu país não se retirarão da província síria enquanto continuar a "violência" por parte de Damasco.
"De acordo com os últimos dados, até o momento foram neutralizados 150 elementos do regime [referência ao governo sírio], foram destruídos 12 tanques, 3 blindados de transporte de tropas, 14 obuseiros e 2 picapes. Não sairemos da região de Idlib enquanto o regime não parar sua agressão contra a população de Idlib. Só nesse caso será possível um cessar-fogo", afirmou Erdogan.
Os ataques turcos seriam uma resposta ao ataque aéreo sírio que tirou a vida de dois militares turcos, conforme publicou a agência Anadolu.
A autoridade turca também disse que suas futuras medidas em relação à crise em Idlib irão depender das conversações a serem realizadas hoje (21) com o presidente russo, Vladimir Putin.
Por sua vez, os líderes da França e Alemanha, Emmanuel Macron e Angela Merkel, propuseram um encontro com a presença dos mesmos e dos presidentes russo e turco no próximo dia 5 em Istambul para se chegar a um acordo de paz em Idlib.
É válido ressaltar que, anteriormente, Erdogan levantou a hipótese de a Turquia iniciar uma operação em Idlib, tendo em vista que as conversações entre os líderes para resolução da crise "não teriam tido resultado satisfatório".
Tensões na Síria
Apesar de a Turquia ter realizado uma operação militar no território sírio contra forças curdas ainda no ano passado, as relações entre o país e a Síria pioraram neste ano.
A razão disso teriam sido os embates entre o Exército sírio e os militares turcos no norte do país árabe.
Na ocasião, as forças do presidente Bashar Assad avançaram pelas províncias de Idlib e Aleppo, retomando áreas há anos fora do controle de Damasco.