Segundo a pasta, a aeronave invadiu o espaço aéreo sírio e realizaria um bombardeio em Maarzaf, na província de Idlib, no norte da Síria.
O presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan, por sua vez, disse hoje que a situação na região está pendendo para o lado de Ancara, apesar da morte de três soldados turcos.
O diretor do Centro Russo de Reconciliação na Síria, contra-almirante Oleg Zhuravlev, afirmou que a Turquia permanece desrespeitando os acordos estabelecidos com Moscou para a área de desescalada de tensão no norte da Síria.
'Em violação aos acordos de Sochi'
"Em violação aos acordos de Sochi, o lado turco continua a apoiar ações de grupos armados ilegais na zona de desescalada de Idlib por fogo de artilharia e uso de drones de reconhecimento e bombardeio em ataques contra unidades das Forças Armadas sírias", afirmou.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a falha de Ancara em cumprir com os acordos estabelecidos entre os países em Sochi, em 2018, é o motivo para rápida deterioração da situação em Idlib. Apesar das diferenças, Rússia e Turquia continuaram a discutir a questão nesta quinta-feira.
No início de fevereiro, o chanceler russo afirmou que a Turquia não sabe distinguir entre a oposição armada que opera na província, mas que estaria disposta a dialogar com o governo sírio, e terroristas.
Erdogan, por seu lado, insiste que as conversas com Moscou não trouxeram resultados satisfatórios para Ancara. Ele também pede para a Rússia exercer pressão no presidente sírio, Bashar Assad, para que interrompa operações em Idlib e se mantenha distante de postos de observação turcos na região.
A situação em Idlib vem piorando desde o início de fevereiro, com enfrentamentos entre o Exército sírio e militantes que violam o regime de cessar-fogo e atacam posições do governo.