O presidente turco atacou a Grécia em um discurso nesta quarta-feira, alegando que o vizinho mediterrâneo de Ancara havia maltratado uma enxurrada de refugiados que estão tentando entrar na União Europeia (UE) através da Turquia.
"Não há diferença entre essas imagens da fronteira da Grécia e o que os nazistas fizeram", declarou Erdogan, aparentemente se referindo a fotografias de confrontos entre migrantes e a polícia de fronteira da Grécia.
Ele também anunciou que a Turquia manterá sua fronteira aberta para os migrantes que tentam entrar na Europa, até Bruxelas concordar em cumprir os compromissos de um acordo de 2016 que Ancara afirma não ter sido cumprido. A tática foi descrita por alguns como o equivalente a chantagem. Ambos os lados esperam negociar um novo acordo até o final de março.
O presidente turco tem tendência a acusar outras nações de comportamento nazista. Em 2017, ele acusou a Alemanha e a Holanda de empregar "práticas nazistas" contra cidadãos turcos e seu próprio governo. Quando os governos alemães locais entraram em conflito com Erdogan naquele mesmo ano, o líder turco alertou que os líderes europeus "reviveriam as câmaras de gás".
Mais recentemente, Erdogan usou o selo nazista para ir atrás de Tel Aviv. Em 2018, ele afirmou que "o espírito de Hitler ressurge em alguns dos governantes de Israel", acrescentando que o Estado judeu é "o país mais fascista e racista do mundo".