Além dos militares, a Justiça turca também condenou civis.
De acordo com publicação da agência Anadolu, a tentativa de golpe foi planejada pela organização terrorista Fetullah (FETO, na sigla em inglês) e realizada pelas pessoas agora julgadas.
Hoje (26), o país condenou algumas dezenas de pessoas, embora o número preciso não tenha sido reportado.
Ao total, 475 acusados já foram condenados a prisão perpétua, sendo que alguns receberam tal condenação repetidas vezes. Como exemplo, a corte decretou 79 condenações de prisão perpétua ao piloto e tenente-coronel Hasan Husnu Balikci, o qual usou explosivos contra o Parlamento turco durante a tentativa de golpe.
Da mesma forma, o piloto de caça Muslim Macit, recebeu a mesma pena por 16 vezes. Durante a tentativa de golpe, Macit acabou tirando a vida de 15 pessoas ao lançar duas bombas MK-82 a partir de uma aeronave contra um estacionamento próximo dos prédios da presidência do país.
O comandante da 10ª Base de Combustíveis de Incirlik, Bekir Ercan Van, que forneceu combustível para os pilotos durante a tentativa de golpe, também recebeu 79 condenações de prisão perpétua.
Golpe
Em 15 de julho de 2016, militares turcos fizeram uma tentativa de derrubada do governo do presidente Recep Tayyip Erdogan, tendo como seu centro de ações a Base Aérea de Akinci, ao norte da capital, Ancara.
Os ataques aéreos foram orquestrados por militares que, segundo a agência Anadolu, faziam parte de uma tentativa do líder turco Fetullah Gulen, residente nos EUA, de derrubar o governo do país.
Durante a ação 251 pessoas perderam a vida, enquanto outras 2.200 ficaram feridas.