A afirmação de Nikai, uma das principais lideranças do partido do primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, foi citada pela agência de notícias Kyodo.
"Se ficar claro que [realizar as Olimpíadas] é praticamente impossível, não teremos nada além de desistir da ideia", disse Nikai, que afirmou que um eventual aumento do número de casos do novo coronavírus pode impedir o evento.
As Olimpíadas de Tóquio estavam previstas para 2020, mas foram adiadas para 2021 por causa da explosão da pandemia da COVID-19, que se espalhou rapidamente pelo mundo ao longo dos primeiros meses do ano passado.
Devido à crise do novo coronavírus, o evento segue envolto em clima de incertezas. As autoridades japonesas anunciaram uma série de medidas para limitar o número de estrangeiros que chegarão ao país para visitar os jogos, mesmo diante do prejuízo financeiro envolvido na medida sanitária. O evento também tem recebido pouco apoio popular entre os japoneses, que temem que a realização das Olimpíadas agrave a pandemia no país.
Recentemente, o Japão anunciou que está preparando centenas de quartos de hotel para isolar atletas eventualmente infectados pela COVID-19. Apesar do risco, o Comitê Olímpico Internacional (COI) já afirmou que os atletas não precisarão estar vacinados contra a doença para participar dos jogos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de COVID-19 como uma pandemia em 11 de março de 2020. Até o momento, mais de 138 milhões de pessoas foram infectadas com o novo coronavírus em todo o mundo, com quase três milhões de mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
O Japão tem uma situação relativamente melhor que os principais países do Ocidente em relação ao controle da pandemia. Até agora, o país asiático confirmou cerca de 516 mil casos de COVID-19, além de mais de 9,4 mil mortes causadas pela doença.